Ela era senhora de si, caia em estado de graça.
Agora talvez soubesse sentir o gosto bom de estar leve e sozinha
Seus sentidos eram seus e o controle estava ali à sua disposição, o controle do silencio que reinava dentro dela.
Não era preciso que se enchesse de luz, para perceber que as possibilidades reais eram tambem uma opção que reservava seu charme.
Ser poético agora era apenas estar viva e participar verdadeiramente de cada momento, não era mais sonhar, ganhar asas no impossível.
Sabia finalmente carregar tudo o que era bom, sem alardear tudo o que aprendia, mas enfim foi verdadeira ao compartilhar!
Tinha um foco a seguir, seu roteiro era pra ser feliz, ou permanecer com aquela felicidade que podia sentir novamente.
Ganhar asas nunca foi tao bom, e acima de tudo porque soube conquistá-las, prevendo cada detalhe sórdido, ela desenhava a canção, fazendo uma sinfonia intensa em cada aresta.
Previa simplicidade, e se admirava com cada um deles que apareciam, sua felicidade começou a existir no espírito da criança que agora estava dentro dela.
Era esse espírito infantil que acalmava seu coraçao, eram as violetas qeu curavam tudo, a vela que mexia com aquele mínimo fogo de sua alma, mas que demonstrava força ao olhar mais de perto, a casa estava em ordem.
Nao era mais importante que existisse nada, a não ser sua vontade de continuar conquistando sua tranquilidade, sempre colorindo seu mundo e sentindo como é cada cor...
Sua nova posiçao era só sua no mundo inteiro, mesmo sabendo que ninguém era igual.
Fazer sentido era fazer apenas, era simplificar mas sem reduzir...