terça-feira, 20 de julho de 2010

Nunca é o fim da linha


Não adianta pedir pra eu entender, pra não doer, dizer que vai passar... porque eu sei de tudo isso, sei que amanhã eu acordo sorrindo, sei que o tempo cura tudo, mas não adianta tentar diminuir o que dói em mim porque dói muito.
Eu queria, pra ser honesta, queria mesmo morrer, desejo isso a todo momento nesses ultimos tempos e, cada dia fica mais dificil acordar, mas o meu medo de ir embora e chegar do lado de lá e ter algo pior me amedronta tanto, que eu fico aqui vivendo a vida nessa tristeza de dar dó...
As vezes penso que ter minha mãe por perto me faria mais feliz, mas ela não vai ficar, eu tinha um namorado que eu pensava estar do meu lado e, perceber o quanto eu era pouco na vida dele, só ajudou a ficar mais fundo esse buraco.
Meus amigos tem a própria vida, eles têm sonhos e pouco tempo pra reconhecer que eu tenho pedido ajuda, mas sei lá, já tá tão dificil, que acho que eles não vêem mais solução pra mim, ou eu não vejo mais solução pra nossa relação, passei um final de semana, com pessoas que eu achava que eu amava, mas eu não conseguia me interessar por nada.
Pouco a pouco a mágoa se torna a maior parte de mim, me vingo das pessoas de uma maneira tão baixa que eu só consigo ver o quanto eu sou igual a tudo aquilo que me faz mal.
Não consigo mais me enxergar no espelho e não ter nojo de quem sou, de quantas pessoas eu já magoei e por quantas pessoas eu fui magoada, meu diário virtual está repleto de fotos bonitas pra tampar a pessoa podre que escreve.
Assim a vida segue, num retrato tão idiota, o retrato de perder tudo, perder o namorado, a mãe e os amigos, perder aquilo que nunca foi meu, perder tudo aquilo que eu acreditava existir amor, mas não há.


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